História

Os primeiros marcos datam do século VIII a.C., durante a colonização Fenícia do Mediterrâneo Ocidental. A cidade servia então de entreposto comercial, integrado num amplo sistema comercial baseado na troca de produtos agrícolas, peixe e minérios.

Entre os séculos III a.C. e VIII d.C. a cidade esteve sob domínio Romano e Visigodo, vindo a ser conquistada pelos Mouros no ano de 713 d.C, os quais ergueram ali uma fortificação (reforçada por uma nova muralha erigida a mando do príncipe mouro Bem Bekr, no século IX).

Na sequência da independência de Portugal em 1143, D. Afonso Henriques (primeiro Rei de Portugal) e os seus sucessores iniciaram a expansão do país para sul, reconquistando os territórios então ocupados pelos Mouros, o que culminou com a conquista do Algarve e da cidade de Faro no ano de 1249 pelas tropas de D. Afonso III.



D. Afonso III
 
"A sul da serra algarvia, estendia-se um mundo que fascinava os conquistadores cristãos, tanto portugueses como do norte da Europa: uma densa rede de castelos, e cidades ricas e populosas. Em 1189, num golpe arriscado, D. Sancho I, em conjunto com uma esquadra de Cruzados, lança-se sobre a cidade mais emblemática da região: Silves. Mas após um breve domínio português sobre o Barlavento, o poderoso Império Almôada iniciou uma reacção fulminante.

Meio século depois, Paio Peres Correia, liderando os Cavaleiros da Ordem de Santiago desencadeou uma série de campanhas que derrubaram o reino muçulmano do Algarve. Por fim, em 1249, D. Afonso III após a queda de Faro, Loulé e Aljezur, os últimos bastiões dos mouros, adopta o título de «Rei de Portugal e do Algarve»."

Sinopse de "O Segundo Reino"  de:  António Castro Henriques
 

in Memórias Eclesiásticas do Reino do Algarve
Frei Vicente Salgado, 1786
 


Introdução Histórica

Os vestígios mais antigos encontrados no concelho de Faro remontam ao Paleolítico, destacando-se, deste período, dois sítios: Alto Rodes e Alto de Santo António.

A ocupação humana no Bronze inicial (1800/ 1700 a.C. a 1500 a.C.) é documentada através da necrópole da Ferradeira (Conceição, Faro), descoberta em 1945 por Lyster Franco e Abel Viana. Esta assinala a passagem do ritual de inumação colectiva para o sepulcro individual, sem monumentalidade.

Em 1897 Santos Rocha explorou a necrópole da Campina (Conceição, Faro) datada do Bronze Médio (1500a.C./ 1200 a.C.). Não restam vestígios desta necrópole que foi descoberta ocasionalmente aquando de trabalhos agrícolas.

O povoado das Pontes de Marchil, remonta ao sec. IX a.C., isto é, ao final da Idade do Bronze, de ocupação sazonal, com habitações precárias para exploração dos recursos marisqueiros da ria de Faro.

O aglomerado proto-urbano de Faro, antiga Ossónoba, remonta à II Idade do Ferro (Sec. IV a.C. - Época Romana).

Os pratos de pescado encontrados em escavações no Largo da Sé e os vários fragmentos de ânforas encontrados na escavação do quintal do convento N.ª Sr.ª da Assunção (2001) comprovam os fortes contactos comerciais mantidos com o Norte de África, pelo menos entre a 2.ª metade do séc. IV a.C. e o séc. III a.C..

A civitas de Ossónoba (topónimo de origem túrdula) situava-se na Província da Lusitânia, que tinha como capital Emerita Augusta (Mérida). Com Vespasiano (69-79 a.C.), foi criada outra unidade administrativa: os Conventus (circunscrição judicial, estabelecida com o objectivo de facilitar a justiça). Ossónoba estava integrada no Conventus Pacensis com capital em Pax Iulia (Beja).

Ossónoba foi ciuitas ius latii, isto é, a sua administração organizava-se da seguinte forma: ordo decurionum (Assembleia Municipal) e llllviri quatuórviros (magistrados executivos escolhidos pela assembleia).



in Memórias Eclesiásticas do Reino do Algarve
Frei Vicente Salgado, 1786
  Cunhou moeda ainda em época republicana (47 a.C./ 44 a.C.).

Foi elevada a municipium, muito provavelmente na época de Cláudio (41-54 d.C.), comprovando-se este facto por se tratar de um período de expansão económica, por se ter encontrado o busto de Agripina (sua mulher) em Milreu e pelo retrato claudiano encontrado na Praça Alexandre Herculano, em Faro.

A ciuitas Ossonobensis integrava um vasto território que, a oriente, passaria em Bias do Sul (Olhão), localidade onde se encontrou um miliário (marco que continha as milhas entre as cidades mais importantes), confinando com a ciuitas de Balsa (Luz de Tavira); para ocidente (o seu limite ainda é, hoje, apenas uma hipótese) passaria entre Albufeira e Lagos, esta afirmação é feita com base na antroponímia e na tipologia dos monumentos funerários e confinaria com a ciuitas Lacobrigense (Monte Molião?).

Do território de Ossónoba faziam parte diversas villae, de certo modo especializadas em actividades específicas: actividades agrícolas - S. João da Venda; actividades marítimas - Quinta do Lago; residência oficial - Milreu; outras são: Quinta do Marim, Amendoal, Cerro da Vila e Ludo.

A cidade organizava-se em diversas zonas: a monumental, que se situava intra-muros onde ficava situado o fórum; a industrial que se estendia ao longo da via que seguia para Lacóbriga, onde se encontrou o mosaico Oceano (1978) que, provavelmente, pertencia à sede de uma associação de comércio marítimo. São conhecidos os produtos que circulavam nas rotas comerciais, como por exemplo: louça fina de mesa - a terra sigillata importada e salsamenta (peixe salgado) e garum (preparado de peixe) que se exportavam; a necrópole, junto da via que seguia para Balsa (Bairro Lethes) com enterramentos desde o sec. I a.C. até ao sec. IV a.C..

Em 713 d.C., após a conquista muçulmana, a cidade dependia da Província de Mérida, antiga Província da Lusitânia. No século IX Ben Beckr fortificou a cidade mandou fazer nela construções diversas e transformou-a numa praça forte que proveu de portas de ferro.

Três cidades–porto, sensivelmente com os mesmos 7 ha de área intramuros, repartem entre si as riquezas do comércio e do mar: Ossónoba, Silves e Tavira.

No século X a cidade pertencia à kura (distrito) com o mesmo nome, que tinha os limites da actual província do Algarve. No século XI, as províncias tornaram-se independentes, surgindo o reino taifa de Santa Maria de Harun que dominava o Sotavento.

No século XII, o geógrafo Al-Edrisi refere-se às comarcas e insere Santa Maria na de Alfaghar.

Nos últimos tempos da dominação muçulmana, o período almóada, os núcleos urbanos constituíam o suporte do império contra a investida cristã.

A cidade foi alvo de uma descrição pormenorizada pelo geógrafo Al-Idrisi:

"Santa Maria do Garbe está edificada na orla do Oceano e as suas muralhas são banhadas pelas ondas na maré cheia. É de extensão regular e mui bela.
Tem uma mesquita catedral, uma mais pequena e uma assembleia de notáveis. Ali chegam e dali partem navios."

O topónimo Ossónoba, de origem pré-romana, mantém-se até ao século XI, quando a cidade era governada por uma família local de muladis (cristãos convertidos ao islamismo).

A mudança de designação para Santa Maria prende-se com a importância da forte comunidade moçárabe, atestada em diversas fontes: na lápide do bispo Julião (séc. X); na descrição de Al Idrisi (séc. XII) ao referir a mesquita/catedral, etc.

Dos cinco séculos de ocupação muçulmana (713-1249) chegaram até nós vários vestígios: a porta árabe – entrada para quem chegava e partia por mar, construída provavelmente entre finais do século IX e o século XI.

Este arco em ferradura é um dos mais antigos e monumentais conservados in situ em Portugal ; as torres albarrãs – reforço da entrada monumental a Oriente.

Trata-se de uma inovação da arquitectura de época almóada, século XII; as muralhas – a cidade muçulmana deve ter-se confinado aos seus 7 hectares; a alcáçova – construída provavelmente no século IX, após a conquista cristã transformou-se em castelo medieval, tendo sido descaracterizada no século XX ao construir-se, no local, uma unidade fabril.; reminiscências no urbanismo da Vila Adentro – a circular interna, as ruas sinuosas, que eram o local de trabalho de todos os comerciantes e artesãos.

Na Vila-Adentro conviviam muçulmanos e cristãos sendo esta última comunidade bastante importante, como o comprova a mudança de nome e a imagem da Virgem Maria então colocada sobre as muralhas.

Após a reconquista cristã, em 1249, parte da comunidade muçulmana permaneceu na cidade, como nos diz Frei João de São José:

 “E, pera que uns e outros ficassem mais seguros, mandou el-rei deitar pregão por todo o arraial que nenhum cristão fizesse mal a algum mouro [...] O concerto que el- rei fez com os Mouros foi que os que se quisessem ir pera outras partes o pudessem fazer logo, com tudo o que possuíam, e os que na vila quisessem ficar lhes dava suas casas, fazendas e herdades, com condição que pagassem a el-rei os mesmos tributos e direitos que antes a Miramolim pagavam. [...] e esta é a causa por que os Mouros duraram em todo o Algarve mais de trezentos anos depois disto."

Em 1269 os mouros são protegidos através de um foral, destinado ao mouros foros, de D. Afonso III.

No século XIII, surge na cidade de Santa Maria de Faro um novo bairro extramuros: a Mouraria – situada junto de um novo eixo viário que ligava a atalaia de Santo António do Alto ao porto de mar.

Na toponímia, em 1909, ainda subsiste a referência a uma horta da Mouraria ( actual Rua de Santo António, logradouro da Casa das Açafatas).

Perto da Mouraria desenvolviam-se as Alcaçarias (actual Pontinha).



O núcleo amuralhado continuou a ser a parte mais nobre, tendo-se construído no seu interior os Paços do Concelho e a Igreja de Santa Maria (actual Igreja da Sé).

A comunidade judaica instalou-se também na Vila-Adentro, no terreno onde mais tarde se construiu o Convento de Nossa Senhora da Assunção.

Extra-muros surgem dois bairros – a Mouraria e a Ribeira - situados junto aos novos eixos viários que partem do antigo decumanus. Por um lado, a Rua de Santo António, que passa pela Mouraria e pelas Alcaçarias (mercado) e dirige-se à atalaia de Santo António do Alto, por outro, a Rua de São Pedro onde se edificou a Casa do Compromisso Marítimo e a Igreja de São Pedro.

Em 1495, durante o reinado de D. Manuel, deu-se um acontecimento muito importante que mexeu com estrutura a urbana e económica das cidades. Trata-se da expulsão dos judeus e o consequente desaparecimento da judiaria, que em Faro se situava na Vila-Adentro. Os judeus eram uma comunidade muito prestigiada e com grande importância no desenvolvimento das actividades comerciais.

Em Faro, por exemplo, havia um judeu, Samuel Gacon, muito afamado que era proprietário duma tipografia.




O “Pentateuco”, um dos livros mais antigos de Portugal, foi aqui impresso.

Em 1499, o rei D. Manuel proporcionou o desenvolvimento da Ribeira ao transferir as praças de venda que se encontravam nas alcaçarias.

No âmbito desta renovação urbana foram construídos edifícios muito importantes: a alfândega, a ermida do Espirito Santo e o respectivo hospital (que correspondem às actuais instalações da Santa Casa da Misericórdia) e o açougue (no local onde hoje se encontra o Banco de Portugal).



Ano 1500
 
Desta época, finais do século XV e inícios do século XVI, há diversos vestígios espalhados pelo concelho que se inserem no chamado período manuelino.

Na arquitectura religiosa há por exemplo: a capela lateral da ermida de São Sebastião, a capela-mor da ermida da Conceição, a abóbada da capela-mor da ermida de Santo António do Alto e o arco triunfal da Igreja Matriz de Santa Bárbara de Nexe.

Na arquitectura civil há três edifícios (uma casa construída sobre as ruínas de Milreu, uma sala no Seminário Episcopal e a casa do capitão Manuel de Oliveira, situada na Vila – Adentro na Rua Prof. Norberto da Silva) e diversas molduras de vãos e cunhais (portal interior da farmácia Caniné na rua de Santo António, um portal e uma janela numa casa da rua do Capitão-mor).

Em 1539, o papa autorizou a transferência da Sé de Silves para Faro. A mudança foi efectuada pelo bispo D. Jerónimo Osório em 1577, ano em que a igreja matriz de Santa Maria foi escolhida para assento episcopal, e por isso elevada a Sé, e a ermida de São Pedro se tornou sede de freguesia.

Em 1540, por foral de D. João III, deu-se a elevação de Faro a cidade por ser lugar sadio e abastado, estar no meio do reino e muito a propósito de nele poder estar a Sé.

Na primeira metade do século XVI foram construídos dois conventos: o de São Francisco (1517), frente às muralhas, e o de Nossa Senhora da Assunção, no local da antiga judiaria.

Em 1596, a cidade foi alvo de vandalização por parte das tropas inglesas do conde de Essex. Esta invasão prejudicou, em especial, os edifícios de cariz religioso.

O bispo do Algarve, D. Fernando Martins Mascarenhas, enviou um relato ao papa Clemente VIII que descrevia o estado da igreja da Sé:

Foi....toda queimada e as duas naves do meio dela postas por terra, não ficando de todo o sobredito mais de pé que as oito capelas por serem de abóbada, mas os retábulos delas todos queimados (...).
Também se queimou o coro com órgãos e todos os livros de canto e mais coisas de serviço dele, a casa do cabido com todo o cartório. Roubaram toda a prata e ornamentos todos os sinos e relógio e enfim todas as coisas do serviço da Igreja, sempre ficaram algumas vestimentas e capas de menor valia.


Logo após a invasão, as muralhas foram consolidadas e dotadas de novas técnicas militares. Edifícios como a igreja da Sé e ermida de São Sebastião foram reconstruídos e outros, como o Paço Episcopal, foram edificados de novo.

Na primeira metade do século XVII foram erguidos mais duas casas religiosas: o colégio de Santiago Maior da Companhia de Jesus (1603) e o convento de Santo António dos Capuchos (1620).


"Cabo de S. Maria"
Atlas de Pedro Texeira
Portos do Sul em 1634

O período da pós-restauração levou à construção de uma cerca na década de 60 do século XVII, com 5 baluartes e dois meios baluartes, de modo a proteger a cidade de uma possível invasão espanhola.

Maioritariamente, os edifícios religiosos da cidade foram envolvidos pela cerca, à excepção da ermida de São Sebastião, cujo orago é o santo protector contra as pestes e epidemias.

O século XVIII foi marcado pelos terramotos de 1722 e 1755 que atingiram, como em todo o país, o património imóvel da cidade.

Segundo as memórias Paroquiais, relativamente ao terramoto de 1755:

a ….cidade de Faro, que era hoje a mais brilhante do Algarve pela nobreza dos seus edifícios, pelo florescente do seu comércio, e pelo trato dos seus moradores…se abismou toda de um golpe, sendo os edifícios mais nobres o primeiro objecto do estrago."

As reconstruções prolongaram-se pelos finais deste século e inícios do século seguinte. Os responsáveis religiosos foram os principais impulsionadores pelas obras de restauro, sendo de louvar o patrocínio e energia do bispo D. Francisco Gomes do Avelar (1789-1816).

A implantação do liberalismo, com a consequente extinção das ordens religiosas, e o aparecimento de novos equipamentos na cidade, são alguns dos acontecimentos a salientar para o século XIX.

Os conventos, devido à extinção das ordens religiosas, foram reutilizados ou vendidos em hasta pública.

  • O convento de São Francisco foi utilizado como quartel do Regimento de Infantaria e actualmente funciona como Escola Hoteleira.
  • O convento de Santo António dos Capuchos foi, e ainda continua a ser, ocupado pela Guarda Nacional Republicana.

  • E finalmente, o colégio de Santiago da Companhia de Jesus foi adaptado a teatro.

Surgem ainda neste século outros equipamentos como: o Matadouro Municipal e jardim da Alameda Vasco da Gama, o jardim da antiga praça da rainha, actual D. Francisco Gomes, e o respectivo coreto.

No século XIX e inícios do XX, a arquitectura civil começou a ter enorme expansão, alguns edifícios mantiveram as normas vigentes e outros adaptaram os gostos ecléticos revivalistas.



Nos finais do século XIX, a cidade começou a desenvolver-se para além do perímetro amuralhado seiscentista.

Em 1889, a linha do caminho-de-ferro foi inaugurada e sentiu-se a necessidade de se construir, frente à estação, um bairro de habitação, e, frente ao jardim Manuel Bivar, um molhe.

São desta época vários eixos viários como as avenidas D. Amélia e Hintze Ribeiro, que correspondem às actuais avenidas da República e 5 de Outubro, respectivamente, e a rua Vasco do Gama.

Na década de 30 do século XX, surgem novos bairros: São Luís, Alto Rodes e o Bom João.

A partir dos anos 60 a cidade desenvolveu-se em termos de expansão e volumetria, e surgiu a segunda circunvalação que corresponde à Avenida Calouste Gulbenkian / Almeida Carrapato.

A cidade de Faro, como capital administrativa e principal centro urbano da região algarvia, foi ainda dotada de novos equipamentos como o Aeroporto Internacional, o Hospital Distrital, a Universidade do Algarve e o Arquivo Distrital, que em muito contribuíram e contribuem para o desenvolvimento da cidade.

Faro, enquanto concelho, é actualmente constituído pelas freguesias urbanas da Sé e S. Pedro e pelas rurais de Sta. Bárbara, Estoi, Montenegro e Conceição.




LINKs:

"Propomos um quadro-síntese da história da língua desde a romanização até à  presença muçulmana em Portugal.

Contudo, a influência do léxico árabe não terminará com a fase da Reconquista: registam-se novos vocábulos desde o século XIII até ao século XVI, contribuindo para enriquecer uma língua que evoluía de uma forma própria.

De facto, outros elementos lexicais foram, ao longo dos tempos, fortemente assimilados: no português antigo já se empregavam, na oralidade e na escrita, latinismos antigos, elementos lexicais franceses e provençais («avultadíssimos e constantes») e elementos espanhóis.

Estas línguas marcaram decisivamente a cultura portuguesa, em particular a literatura.

Mais tarde, no século XVI, com a cultura humanista/renascentista e com os descobrimentos, verifica-se um novo enriquecimento na língua, na cultura científica e na cultura literária.

«Os Arabismos»: um contributo para o enriquecimento da língua e cultura portuguesas."




O 5 de Outubro de 1910


O anúncio da implantação da República em Lisboa chegou à região algarvia por telégrafo. Assim terminava a Monarquia existente desde a fundação da nacionalidade, em 1140, à qual se juntaria o Algarve com a reconquista em 1249.
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Fonte: Google Livros
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